COVID-19: Cuba adota cloroquina em tratamento precoce
Segundo dados do Wordometers, hoje, a ilha caribenha possui 617 mortos por milhão entre as vítimas da COVID-19. O Brasil possui 2.759 por milhão.
Segundo o protocolo oficial do Ministério de Saúde Pública de Cuba, cloroquina, a versão mais antiga da hidroxicloroquina, é usada para tratamento da COVID-19 no país. A ilha, com pouco mais de 11 milhões de habitantes, possui, hoje, apenas 6.978 vítimas da COVID-19.
O medicamento é utilizado desde a primeira versão do protocolo Cubano, publicado logo no início da pandemia. Posteriormente, o medicamento se manteve em todas as versões atualizadas para manejo da doença. A última, a sexta versão, tem sua data de publicação em janeiro de 2021 e mantém a recomendação. O uso da medicação é confirmada em estudo de pesquisadores cubanos publicado no periódico científico Journal of Interferon & Cytokine Research.
O protocolo diz que cloroquina deve ser administrada para pacientes classificados como de maior risco para a doença. São os pacientes com 65 anos ou mais, com ou sem comorbidades, ou pacientes com menos de 65 anos com comorbidades. A aplicação do medicamento é iniciada, segundo o documento, logo após um teste positivo para o coronavírus.
Esta abordagem é semelhante ao do Dr Vladimir Zelenko, de Nova York, um dos pioneiros no uso da hidroxicloroquina no combate da COVID-19. No protocolo do Dr Zelenko, ele aplica as medicações apenas para pacientes com 60 anos ou mais, com ou sem comorbidades, ou pacientes com menos de 60 anos com comorbidades.
O Dr Zelenko, junto com dois cientistas alemães, publicou, em dezembro de 2020, um estudo científico revisado por pares relatando seus resultados. Foi destaque no prestigiado periódico científico International Journal of Antimicrobial Agents. Os cientistas apontaram uma eficácia de 79% na redução das mortes usando hidroxicloroquina como base do tratamento. "A hidroxicloroquina em baixa dosagem combinada com zinco e azitromicina foi uma abordagem terapêutica eficaz contra COVID-19", concluíram os autores.
Números atuais de Cuba comparados com o Brasil e EUA
Em 22 de setembro de 2021, segundo os dados do site Wordometers, que usa números oficiais e é referência entre pesquisadores da área, Cuba possui 6,978 mortos pela COVID-19, em uma população total de 11,3 milhões de pessoas.
Isso, convertido para a referência de mortos pela quantidade de habitantes, chega ao bom número de 617 mortos por milhão.
O Brasil, segundo a última contabilização, possui 592.316 mortos pela COVID-19. Em uma população total de 214 milhões de habitantes, representa 2.763 mortos por milhão.
Ou seja, se o Brasil tivesse a mesma quantidade de mortos por milhão de Cuba, que usa cloroquina em seu protocolo oficial sem oposições internas, o Brasil teria, 132.284 vítimas. Seriam 460 mil mortos a menos.
Nos Estados Unidos, as mortes por milhão, segundo a última contabilização, são 2,099.
Segundo os dados do site Our World In Data, a fatalidade no Brasil entre infectados é de 2.78%. Em Cuba, é de 0,85%, bastante inferior. Dados do último relatório, de 20 de setembro. (Link para o gráfico aqui)
Cuba possui uma população mais velha que o Brasil
Segundo o Anuário Demográfico, publicado em 2019 pelas Nações Unidas, a expectativa de vida dos homens cubanos é de 76,9 anos, enquanto a das mulheres é de 80,7. No Brasil, é de 71,9 e 79,3, respectivamente. Segundo o site Our World in Data, com dados de 2015, a idade média dos cubanos é de 41,1 e do Brasil é 31,3 anos, com Cuba possuindo, portanto, mais pessoas nos grupos de risco por idade da COVID-19.
Sobre a medicina cubana
O jornalista Jorge Pontual chegou a ser censurado na TV Globo ao relatar sua entrevista com a pesquisadora americana Julia Silver, em notícia publicada no site de esquerda Pragmatismo Político. Na matéria, Pontual afirma sobre a qualidade da medicina da ilha. "O sistema cubano é uma verdadeira revolução, com o médico vivendo dentro das comunidades".
Segundo o jornalista, a Organização Mundial de Saúde considera o sistema cubano um modelo a ser seguido por todos os países do mundo. “A Medicina de Cuba é um exemplo para o mundo”, concluiu.
Medicamento dos países comunistas
Além de Cuba, a China também possui cloroquina como base de tratamento para a COVID-19 em seu protocolo. Isso mostra uma independência da medicina destes país para receitar medicamentos baratos, genéricos e sem patentes. "Eles têm maior liberdade para montar protocolos desse tipo, coisa que nunca teria no ocidente de hoje, dominado pelas indústrias farmacêuticas. Eles usam todas as armas possíveis sem intervenção ou captura regulatória", afirmou Gabriel Demarchi Filler, historiador.
Por outro lado, no Brasil, o uso é baixo, porque nenhum hospital de referência no país usa, como o Albert Einstein, que se posiciona contra. Também nenhuma universidade se posiciona a favor do tratamento, como a UNICAMP, que se posiciona contra o medicamento no combate à COVID-19.
No total, distribuído pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil, cloroquina foram pouco mais de 5 milhões de doses em quase dois anos. E hidroxicloroquina foram aproximadamente 600 mil doses. Medicamentos que não seriam o suficiente para tratar nem um milhão de pessoas, no total de mais de 21 milhões diagnosticados pela doença em todo o país. Entretanto, boa parte ficou em estoques, com baixa aderência dos médicos que fazem atendimento na linha de frente.
Sobre a eficácia da hidroxicloroquina contra a COVID-19
A grande mídia tenta ludibriar e enganar a população ao dizer que não existem evidências científicas da hidroxicloroquina, o irmão mais novo da cloroquina, contra a COVID-19.
Em revisão sistemática - o mais alto nível de evidência científica - revisada por pares e publicada na revista científica New Microbes and New Infections, os cientistas C. Prodomos e T. Rumschlag, concluíram que a hidroxicloroquina é eficaz em tratamento precoce: “Nenhum estudo imparcial encontrou resultados piores com o uso de HCQ. Nenhuma mortalidade ou eventos adversos de segurança graves foram encontrados”, afirmaram os cientistas no estudo.
Para enganar, os jornais costumam se referir ao estudo Solidarity, que não é em tratamento precoce, mas em hospitalizados, onde, no início das medicações, os pacientes já estavam avançados na doença (64% em oxigênio / ventilação), e com uma dosagem alta, de 9.6 gramas no total, além de ser em monoterapia, não um cocktail de medicamentos. Seguiu a cartilha de estudos como o de Manaus, com doses altas (tóxicas), em fases terminais. Diferente do protocolo de Zelenko.
“Crise de compaixão”
Em recente PodCast, o Dr. Peter McCullough, internista e acadêmico de Dallas, Texas, um dos mais respeitados cientistas liderando a resposta à pandemia, sendo o primeiro que publicou um orientação para o tratamento precoce, classificou a demora das autoridades e dos médicos em aderir protocolos com eficientes resultados práticos como uma “crise de compaixão”. McCullough também foi testemunha especialista no Senado dos EUA, onde participou da audiência sobre tratamento precoce perante o Comitê de Supervisão do Senado sobre Segurança Interna e Assuntos Governamentais.
Fonte
Protocolo de Actuación Nacional para la COVID-19 (protocolo versión 6)
Alô, checadores de fatos
Vão dizer que o protocolo oficial de Cuba não é protocolo oficial? Ou vão dizer que revisão sistemática não é revisão sistemática? Se vierem falar que estudos observacionais não comprovam nada, precisam falar do estudo de Anglemeyer, publicado na Cochrane, que diz que não existem diferenças históricas substanciais entre RCTs e observacionais. Vocês sempre ignoram isso, esquivando-se da ciência como terraplanistas.Mas eu dou uma sugestão. Achem um "especialista" que diga que em Cuba morre menos gente como uma obra do acaso, por pura sorte. Ou por causa do vento. Ou do sol. Talvez por causa dos sorrisos dos médicos ao atenderem pacientes. Sejam criativos! E por falar em criatividade, a notícia do estudo de quanto mais os especialistas recebem da indústria farmacêutica, mais eles são contra a hidroxicloroquina, vocês fugiram, não é? Não deu?